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A popularização da internet e da profissão de influencer digital, possibilitou que muitas pessoas se tornassem pequenas celebridades, que monetizam (e muito!), vendem produtos e histórias utilizando sua aparência e estilo de vida.
Esses influenciadores também são empreendedores que em alguns casos desenvolvem seus próprios produtos. No entanto, muitos parecem se esquecer que a internet exige coerência e qualidade.
Quando se trata de lançar um produto, especialistas em marketing consideram fatores como público-alvo, percepção de valor, preço e qualidade, são importantes para criar expectativas e atender às demandas do público.
No entanto, nem sempre essa coerência é mantida, como aconteceu recentemente com o lançamento de uma base pela influenciadora digital brasileira Virgínia Fonseca. O produto foi anunciado com o conceito de dermomake (termo inventado pela equipe de marketing), maquiagem que também trata a pele, mas foi criticado pelo alto preço (R$199,90) e pela falta de qualidade, gerando revolta entre os consumidores.
Conforme o produto foi sendo distribuído/vendido profissionais de maquiagem e influenciadores digitais em sua grande maioria fizeram duras criticas negativas ao produto.
Nenhum quesito passou batido muita(o)s criticando a cobertura, a textura e a durabilidade do produto. Além disso, consumidores muitos deles seguidores fieis da influencer, relataram problemas com a entrega e a falta de resposta do serviço de atendimento ao cliente da marca.
O resultado foi uma onda de críticas nas redes sociais e uma queda na reputação da marca We Pink e da própria Virgínia Fonseca, que foi acusada de falta de cuidado com o público e de priorizar o lucro em sem se preocupar com a qualidade.
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Falta de conexão com o público-alvo:
Embora Virgínia possua milhões de seguidores, a maioria deles são jovens e adolescentes de classe média/baixa que se identificaram com sua personalidade e cotidiano, sua dancinhas, e assuntos como maquiagem e beleza nunca fez parte do seu conteúdo o que acabou levantando a questão: Seu negócio foi criado para beneficiar o público ou se beneficiar do público?
Percepção de valor superestimada:
A simplicidade sempre foi o ponto forte de Virgínia, mas com We Pink, ela parece querer alcançar uma estética de luxo. O problema que apontam sobre essa questão é que a marca é projetada com cores e designs que não remetem ao luxo e as embalagens, na opinião de alguns clientes, parecem ser de qualidade questionável. O que não justificaria os preços praticados.
Uso da expressão dermomake:
Houve controvérsias em relação à base promovida por Virgínia como dermomake, já que profissionais da área de cosmetologia afirmam que, esse termo não existe e pra além do mais a concentração de ativos encontrados no produto são mínimos, mas tão mínimos que não teria efeito algum.
Desrespeito ao mercado nacional:
Virgínia foi criticada por sugerir que a sua base era superior às marcas nacionais, dizendo que a mesma tinha "qualidade de base gringa", dando a entender que nenhuma base nacional estava a altura da dela, o que foi interpretado como um desrespeito ao mercado brasileiro, que possui sim, bases de excelente qualidade.
Promoção maluca logo após o lançamento:
A promoção feita por Virgínia após uma semana do lançamento de sua base gerou descontentamento entre os consumidores, no anúncio quem comprasse um perfume da marca, levava mais quatro produtos e a famigerada base "de graça".
E no meio desta polêmica, a influenciadora ainda foi apontada por um suposto curso on-line "Eu Influencer", que vendeu e que, segundo relato, prometia tudo e não entregou nada pela bagatela de R$400 no ano 2021.
Nem a linha de produtos infantis Maria´s Baby escapou, com alegações que em sua fórmula possuem, segundo especialista, ingredientes que podem ser alergenos para bebês.
Essa nova situação da base We Pink, ilustra o risco de lançar um produto sem cumprir com todos os fatores utilizados no marketing e sem garantir a qualidade do produto correspondesse com as promessa e o valor cobrado.
No caso de influenciadores digitais, é importante lembrar que sua reputação está diretamente ligada aos produtos que promovem, e que a internet não perdoa falhas ou incoerências e há uma grande massa que pratica a cultura do cancelamento.
Por isso, é essencial que as marcas e influenciadores se preocupem não só em vender produtos, mas em criar uma relação de confiança com seus seguidores e consumidores, entregando qualidade e coerência em tudo o que fazem.
Afinal, a internet pode ser uma ferramenta poderosa para alavancar negócios, mas também pode ser implacável com quem não atende às expectativas do público.
Abaixo deixo com vocês a resenha mais famosa e que deu mais bafafá na internet com a maquiadora e influenciadora Karen Bachini.