sábado, 13 de maio de 2023

Depressão: Quais os sinais de que estou deprimido?

 

A depressão é um transtorno mental comum caracterizado por uma combinação de sintomas emocionais, cognitivos e físicos que afetam a forma como uma pessoa se sente, pensa e age. É uma condição séria que vai além de se sentir triste temporariamente.

As causas da depressão são complexas e podem envolver fatores genéticos, desequilíbrios químicos no cérebro, eventos traumáticos, estresse, doenças físicas e outros fatores ambientais. Muitas vezes, é uma combinação de vários fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença.

A depressão pode afetar significativamente a vida cotidiana de uma pessoa, interferindo em suas relações pessoais, desempenho no trabalho ou na escola e na capacidade geral de desfrutar a vida. No entanto, a depressão é tratável, e há várias opções de tratamento disponíveis, incluindo psicoterapia, medicamentos antidepressivos e, em alguns casos, terapia eletroconvulsiva (ECT) ou estimulação magnética transcraniana (TMS).

Os sintomas da depressão variam de pessoa para pessoa, mas podem incluir:

  • Humor deprimido, tristeza intensa ou sensação de vazio.
  • Perda de interesse ou prazer em atividades anteriormente apreciadas.
  • Mudanças no apetite e peso (perda ou ganho significativo).
  • Distúrbios do sono, como insônia ou hipersonia.
  • Fadiga e falta de energia.
  • Sentimentos de culpa, inutilidade ou autodepreciação.
  • Dificuldade de concentração, tomada de decisões ou pensamentos lentos.
  • Agitação ou lentidão psicomotora.
  • Pensamentos recorrentes de morte, suicídio ou autodestruição.

Distimia x Depressão

A distimia, também conhecida como Transtorno Depressivo Persistente, é um tipo de transtorno depressivo crônico e de longa duração. É caracterizado por um humor deprimido que ocorre na maior parte do tempo, quase todos os dias, por pelo menos dois anos em adultos (ou um ano em crianças e adolescentes).

Durante esse período, os sintomas de depressão podem ser menos intensos do que na depressão maior, a maior diferença entre distimia e depressão é que na distimia o individuo apesar dos sintomas se matem ativo e produtivo em certo grau.

Os principais sintomas da distimia incluem:

  • Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos dois anos.
  • Baixa autoestima ou sentimentos de inadequação.
  • Perda de interesse ou prazer em atividades cotidianas.
  • Alterações no apetite (aumento ou diminuição).
  • Distúrbios do sono (insônia ou hipersonia).
  • Baixa energia ou fadiga.
  • Dificuldade de concentração ou de tomar decisões.
  • Sentimentos de desesperança.

A distimia não é apenas uma questão de ter um mau humor constante, mas sim um transtorno mental que requer intervenção e tratamento adequados.

Ela pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e no funcionamento diário de uma pessoa. Embora os sintomas sejam persistentes, eles podem variar em intensidade ao longo do tempo.

O tratamento da distimia geralmente envolve uma combinação de psicoterapia (terapia de conversa) e, em alguns casos, o uso de medicamentos antidepressivos. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas, melhorar o funcionamento diário e ajudar a pessoa a ter uma perspectiva mais positiva.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas com depressão ou distimia apresentarão todos esses sintomas e que esses sinais também podem estar associados a outras condições médicas. Se você ou alguém que você conhece estiver apresentando sinais de depressão, é recomendado buscar apoio de um profissional de saúde mental para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento adequado.

Como superar?

Superar transtornos depressivos é um processo complexo e individual, e a abordagem de tratamento pode variar de acordo com cada pessoa. No entanto, aqui estão algumas estratégias que podem ser úteis no enfrentamento da depressão: Busque ajuda profissional

É essencial procurar a orientação de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, que possa fazer uma avaliação adequada e recomendar um plano de tratamento adequado. Eles podem oferecer terapia, prescrever medicamentos, se necessário, e fornecer o suporte necessário. Terapia

A terapia psicoterapêutica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pode ser eficaz no tratamento da depressão. Ela ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento negativos, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e promover mudanças comportamentais positivas. Medicamentos

Em alguns casos, o uso de medicamentos antidepressivos pode ser recomendado por um profissional de saúde mental. Esses medicamentos ajudam a regular os desequilíbrios químicos no cérebro associados à depressão. É importante seguir as orientações médicas quanto ao uso adequado e monitorar os efeitos colaterais. Estabeleça uma rotina saudável

Manter uma rotina diária estruturada pode ajudar a promover um senso de estabilidade e bem-estar. Certifique-se de dormir o suficiente, ter uma alimentação equilibrada, fazer exercícios regularmente e reservar tempo para atividades prazerosas. Busque apoio social

Ter um sistema de apoio social é fundamental no processo de recuperação. Busque o suporte de amigos, familiares ou grupos de apoio, onde você possa compartilhar seus sentimentos e receber apoio emocional. Cuide de si mesmo

Dedique tempo para atividades que promovam o autocuidado e o bem-estar. Isso pode incluir hobbies, práticas de relaxamento, meditação, leitura, ou qualquer outra atividade que traga prazer e alívio. Evite o isolamento

Embora seja comum querer se isolar quando se está deprimido, o isolamento social pode piorar os sintomas. Procure manter contato com pessoas queridas e participe de atividades sociais, mesmo que pareça difícil no início. Estabeleça metas realistas

Defina metas realistas e alcançáveis, mesmo que sejam pequenas. Isso pode ajudar a criar um senso de propósito e motivação.

Seja gentil consigo mesmo

A recuperação da depressão pode levar tempo e haverá altos e baixos ao longo do caminho. Seja gentil consigo mesmo e permita-se ter momentos de descanso e autocuidado. Lembre-se acompanhamento profissional contínuo e suporte emocional são fundamentais nesse processo.

CVV

O CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma instituição brasileira sem fins lucrativos que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio. O CVV atua através de um serviço de voluntariado, oferecendo suporte 24 horas por dia, todos os dias do ano, por telefone, chat online e e-mail.

O objetivo principal é oferecer um espaço de escuta acolhedora e confidencial para pessoas que estão passando por momentos de crise, solidão, angústia emocional, depressão, pensamentos suicidas ou qualquer outra dificuldade emocional.

Os voluntários do CVV são treinados para oferecer apoio emocional, proporcionando um espaço seguro para que as pessoas possam expressar seus sentimentos e pensamentos.

A instituição também trabalha na conscientização e prevenção do suicídio, buscando desmistificar o tema, oferecer informações sobre os sinais de alerta, fornecer orientações sobre como buscar ajuda e promover a importância do cuidado com a saúde mental.

Se alguém estiver enfrentando dificuldades emocionais e precisar de alguém para conversar, o CVV está disponível para oferecer apoio. Os contatos do CVV no Brasil são:

  • Telefone: 188 (ligação gratuita, disponível em todo o território brasileiro)
  • Site: www.cvv.org.br

O CVV não substitui um tratamento profissional de saúde mental, mas pode ser um recurso valioso para oferecer suporte emocional imediato e encaminhar as pessoas para os serviços apropriados quando necessário.

Importante

Se você suspeita que possa estar sofrendo de depressão ou conhece alguém que possa estar enfrentando esse transtorno, é importante buscar a avaliação e o suporte de um profissional de saúde mental para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento apropriado.